quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Avé Jean Ayres

Boa tarde colegas pseudo-terapeutas,

Hoje pela primeira vez irei escrever algo um pouco sério pois hoje foi o dia em que pela primeira vez me senti terapeuta ocupacional. Devo confessar que ainda estou um pouco entusiasmado pela experiência e totalmente feliz por estar neste curso. Hoje madrugamos um pouco para ir para o Centro de Saúde de Tavira. 7 da manhã a pé e começava assim a nossa jornada oficial com estagiários. As primeiras horas passadas com a terapeuta foram mais de carácter introdutório: apresentou-nos a casa, os vários membros do centro de saúde, falamos um pouco do nosso percurso, de alguns livros de interesse e também de alguns dos casos com que vamos trabalhar. E, mais tarde, por volta do meio-dia veio o primeiro cliente na nossa curto vida de terapeutas. Depois da terapeuta apresentar por alto o seu perfil ocupacional passamos então para a sessão, que neste caso foi uma reavaliação. Não fizemos grande coisa mas penso que nenhum de nós nunca irá esquecer o seu primeiro cliente.

Seguidamente, após o almoço na cantina do centro, passamos então para uma menina. À partida iríamos apenas observar enquanto ela realiza alguns testes de percepção figura-fundo. Porém, durante esse processo, como a terapeuta notou que ela estava a ficar um pouco tímida com a nossa presença na sala, perguntou-nos se gostaríamos de fazer uma actividade livre ela. Ah sim, esqueci-me de vos mencionar que o ginásio de T.O é um paraíso de Integração Sensorial!! Fiquei maravilhado com a sala que tem imensos equipamentos desde bolas de Bobath, piscina de bolas, cordas e redes suspensas, rolos, scooters, rampas, placas oscilatórias, sacos de peso ... enfim, uma coisa fenomenal. Escusado dizer que foi este um dos grandes factores que me levou a escolher este local. Fizemos então a actividade representada pela imagem em baixo.



A cliente teria de apanhar os diversos sacos espalhados pela sala e não podia tocar nas diversas cordas, como se de lazers se tratassem. Depois tinha de colocar os sacos nos recipientes que estavam colocados, um em casa lado da sala. Esta actividade, além de destinada a trabalhar a persistência na actividade, trabalhar também ao nível da consciência corporal através da propriocepção e cinestesia envolvida no seu desempenho e também ao nível da percepção visual necessário para medir as distâncias e as posições dos obstáculos. Além, trabalhar também ao nível do planeamento motor exigido para evitar tocar nos obstáculos . E, pronto, estava então realizada a minha primeira actividade com propósito que achei extremamente interessante e versátil pois permite trabalhar diversas competências. Além disso, pudemos modificar a actividade ao nosso gosto de forma a trabalharmos outras vertentes.

Mas não fica por aqui ... A terapeuta ainda tinha uma surpresa para nós. Eu reparei que lá arrumada estava a caixa da grande ferramenta da avaliação da integração sensorial, a SIPT. Quando perguntei à terapeuta em relação a isso ela disse logo que puderiamos desde logo levar o manual para casa para dar-mos uma olhadela!! Fantástico ... O meu sonho sensório-integrativo está a realizar-se bocado atrás bocado. Aqui fica uma foto dos três estagiários de Tavira a estrear o manual da SIPT. Sim, porque nunca tinha sido aberto ainda




Amanhã vai ser um pouco diferente mas isso fica para amanhã senão alongo-me ainda mais ...

Saudações ocupacionais algarvias
Carlos Campos com supervisão da patroa Teresa

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