Olá meus anjos,
Na passada sexta-feira já participamos na sessão de psicomotricidade na água, onde estivemos a fazer alguns jogos com eles dentro de água. Eram pessoas com bastantes dificuldades de coordenação e dissociação, mas os quadros patológicos eram semelhantes aos que anteriormente tinha descrito. Foi engraçado.
Ontem e hoje estivemos com crianças.
Na passada sexta-feira já participamos na sessão de psicomotricidade na água, onde estivemos a fazer alguns jogos com eles dentro de água. Eram pessoas com bastantes dificuldades de coordenação e dissociação, mas os quadros patológicos eram semelhantes aos que anteriormente tinha descrito. Foi engraçado.
Ontem e hoje estivemos com crianças.
Ontem estivemos numa unidade de ensino estruturado para autismo. De manhã com um grupo de 7 crianças e à tarde 4. Todos eles, embora autistas, tinham características muito distintas. Assistimos às sessões de equitação terapêutica que, como ainda está numa fase incial, os principal objectivo é eles criarem relação com o cavalo, saber que são eles quem o comandam e então usar gestos simples previamente estabelecidos (bater com os pés de lado para ele andar e puxar com calma as rédeas para ele parar). O picadeiro tem vários espelhos à volta, e eles param em cada espelho e fazem alguns exercícios em frente a ele. Nalguns casos ainda não sobem para o cavalo e então está a tentar-se, devagarinho, que percam o medo, fazendo coisas mais simples, como festinhas, escová-los, levá-los até à boxe, etc. Aliás, eles no fim têm que limpá-lo. Foi mesmo muito giro.
Depois, ao final da tarde, estivemos com um menino autista com muitas limitações mas um autêntico computador. Tanto é que, inicialmente, pensei que fosse Asperger. A 3ª pergunta que me fez foi se tinha nascido prematura :D Estivemos a falar um bocadinho com ele e depois fomos buscar uns jogos para começar a fazer alguma avaliação. Para a semana somos nós quem tem de preparar a sessão.
Hoje, estivemos numa escola com Unidade de Apoio à Multideficiência, onde estão cerca de 9 crianças, PC's na maior parte dos casos, um caso de Trissomia 18 (que talvez será o estudo de caso da Soraia), outro caso de deficiência mental e um mais leve, uma menina com dificuldades de aprendizagem, com a qual tivemos uma sessão e para a qual prepararemos também a sessão da próxima semana.
Foi nesta unidade que conhecemos o nosso estudo de caso. A Soraia ainda está em dúvida, mas ela depois vem cá dar o veredicto :)
O meu é um menino de 7 anos, tetra espástico, completamente dependente, não faz rigorosamente nada. Reage a alguns estímulos, esboça sorrisos, mas a intervenção tem de ser mesmo muito muito básica e vai passar quase exclusivamente por estimulação sensorial.
A Terapeuta disse que nós saímos preparados para lidar com casos bons, não com profundos e, por isso, os casos que ele propôs são todos altamente complicados. Ela própria disse sentir isso quando concluiu o curso. Ela é novinha, foi da turma da Tp.Ângela, Tp.Tiago, Tp.Filipa.. Estamos meias perdidas com este 1º estudo de caso, mas tudo se há-de resolver!
Ah, não vos dissemos ainda. Mas nós, todos os dias, temos uma Terapeuta diferente e em locais diferentes, para que neste tempo conheçamos todas as respostas sociais da CerciGui, daí que estejamos constantemente de lado para lado e com diferentes populações. Caso assim não fosse, estaríamos muito limitadas, porque cada terapeuta actua numa área específica.
Está a ser mesmo muito bom. Todos os dias, montes de histórias novas, novas experiências e aprendizagens.
Acredito que convosco esteja a acontecer o mesmo.
Abreijos,
Ana Machado,
CEC 2012
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